quarta-feira, 5 de junho de 2013

Células-tronco e artrite

Osteoartrite é uma doença caracterizada pela degeneração da cartilagem e do osso subcondral, que pode causar dor articular, rigidez e redução da funcionalidade articular. Cerca de uma em cada dez pessoas ao redor do mundo irá desenvolver osteoartrite em algum momento. Por ser uma doença tão comum ela causa grande impacto na sociedade, além do impacto na qualidade de vida da pessoa acometida.

Atualmente não há cura para a osteoartrite. A maioria dos tratamentos são sintomáticos e visam reduzir a dor e melhorar a função da articulação, e não curar a doença. A única exceção é o procedimento cirúrgico: artroplastia (substituição parcial ou total da parte destruída por uma prótese), artrodese (fusão cirúrgica de dois ossos, usada principalmente na coluna), osteoplastia (retirada e limpeza cirúrgica da parte óssea deteriorada) e osteotomia (mudança do alinhamento ósseo através da secção de partes ósseas), procedimentos estes, muito invasivos.
As células-tronco são uma esperança para a cura da osteoartrite visando substituição ou recuperação do tecido perdido. Para termos uma idéia do número de grupos investindo neste tipo de estudo, em um ano dobrou o número de testes clínicos e triplicou o número de artigos publicados em revistas internacionais com o tema osteoartrite e células-tronco. Por exemplo, existem atualmente 105 ensaios clínicos em seres humanos indicados para a pesquisa de "artrite" e "células-tronco" na base de dados americana e 119 trabalhos científicos no banco de dados Pubmed com "células-tronco" e "artrite" em seus títulos, o que faz a esperança ser realista.
Mas especificamente como as células-tronco podem tratar a osteoartrite e / ou artrite reumatóide? 1) As células-tronco podem ser usadas para substituir cartilagem perdida ou lesionada nas articulações. Em outras palavras, as células-tronco seriam injetadas e formariam uma nova articulação (ou, pelo menos, mais saudável) através do crescimento do tecido; 2) As células-tronco podem ser colocadas em um molde de fibras e induzidas a formar cartilagem. Assim seriam transplantadas neste molde; ou 3) As células-tronco mesenquimais têm propriedades imunomodulatórias e anti-inflamatórios, ou seja, elas são capazes de regular o sistema imune, diminuindo a rejeição e a inflamação, que são, pelo menos em parte, processos responsáveis pela destruição das articulações, especialmente em casos de artrite reumatóide. A combinação destas três estratégias também é possível: colocar as células-tronco no molde, transformá-las em cartilagem, realizar o transplante e, posteriormente, injetar mais células para recuperar o tecido lesionado do paciente e evitar a rejeição. 
Nós sabemos que, para fins lucrativos, muitas clínicas já estão vendendo “tratamentos” com células-tronco para a artrite. Neste contexto, mais uma vez vamos alertar nossos clientes: tenham cuidado! Esses “tratamentos” são caros e por serem experimentais não podem ser cobrados! Quem está considerando tal tratamento deve questionar sobre o teste clínico e o fundo experimental do procedimento.

A StemCorp está iniciando um teste clínico em pacientes com lesão de cartilagem visando a reconstituição de articulação. Estamos ansiosos para obter os resultados desta pesquisa. Por enquanto ainda é cedo para falar em tratamento. Por isso, agora é importante guardar suas células-tronco mesenquimais para poder, no futuro, regenerar diferentes tipos de lesões, e inclusive reconstituir seu joelho!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Mas os meus cabelos…


Fazer uma lipo e poder crescer cabelo com as células-tronco da gordura é o sonho de consumo de todo gordinho careca! Mas será que é possível fazer crescer cabelo a partir de células-tronco?
Infelizmente ainda não podemos responder esta pergunta, mas tudo indica que a resposta é sim! Pesquisas tentam acabar com a calvície de diferentes maneiras:  fazendo novos folículos capilares a partir de células-tronco, estimulando as células-tronco do couro cabeludo a formar cabelo, transplantando células-tronco para liberar fatores que acabam com a queda de cabelo ou estimulam o aparecimento de novos folículos. 
Pesquisadores descobriram recentemente que  as células-tronco mesenquimais presentes na gordura liberam sinais moleculares que são necessários para estimular o crescimento de pêlos em camundongos, de acordo com pesquisa publicada na revista Cell (veja aqui). Mas o que isso pode ajudar na batalha contra a calvície? Sabemos que pessoas calvas possuem suas células nas raízes dos folículos, o problema é que estas perdem a capacidade de formar cabelo. Ficam adormecidas! Os cientistas descobriram que as células-tronco do folículo necessitam de sinais para fazerem crescer o cabelo e este sinal vem da gordura. Uma equipe de pesquisadores da universidade de Yale (EUA) observou que quando existe a perda de cabelo a camada de gordura no couro cabeludo diminui e quando começa o crescimento do cabelo a camada de gordura se expande. Se for possível controlar os sinais que as células-tronco de gordura liberam ou ainda, se o transplante de células-tronco de tecido adiposo for capaz de aumentar este sinal e fazer com que os folículos capilares sejam estimulados, podemos fazer o cabelo crescer novamente.  
Na busca de mais informações sobre o transplante de células-tronco para calvície, a equipe StemCorp foi visitar o New England  Center for Hair Restoration (Boston-EUA) para saber sobre o teste clínico recentemente aprovado pelo FDA que está em andamento. Muitos pacientes já foram submetidos à transplante de células-tronco de tecido adiposo no couro cabeludo eeles mostraram resultados fantásticos: o crescimento de cabelo após o transplante. O que não sabem é se o novo cabelo é formado pelas células transplantadas ou pelo sinais que elas liberam. Mesmo assim, alguns pontos deixaram nossa equipe preocupada: 1) eles cobram pelo teste clínico, o que não pode acontecer; 2) mostram o resultado obtido para os pacientes: testes clínicos são feitos em teste cego e eles não deveriam saber os resultados antes de completar o teste, muito menos mostrá-los; 3) por fim o grupo não conta com um grupo de pesquisa e não verifica a qualidade das células injetadas.
Semana passada cientistas da empresa de cosméticos L'Oreal afirmaram ter inventado o primeiro produto que pode "despertar" as células dormentes e permitir que voltem a crescer. A empresa diz que 90 dias apos aplicação do líquido "Kérastase Densifique” foi visto o crescimento de mais de 1500 novos fios de cabelos. Patricia Pineau, o diretora de assuntos científicos na L'Oréal, acrescentou: "Nós não sabíamos o que faz regenerar o cabelo até agora. O cabelo é dependente de células-tronco e os sinais liberados. Fomos capazes de desenvolver um produto cosmético que ative a maneira natural de regeneração do cabelo" (veja o video aqui). Este novo produto da L'Oreal tem base puramente científica: um novo composto denominado "Stemoxydine". Mas o que é isso? Ninguém sabe, dizem que ele regula a quantidade de oxigênio presente no couro cabeludo. No futuro, quem sabe, um tratamento combinado deste composto mais a injeção de células-tronco poderá ter melhores resultados!
Finalmente o transplante de folículos capilares, que é uma técnica muito utilizada no combate da calvície, pode estar mudando. A novidade é a bioengenharia de folículos, que descarta a tradicional retirada de parte do couro cabeludo antes do transplante. Um grupo de pesquisa liderado pelo professor Takashi Tsuji (Japão) foi capaz de reconstruir, a partir de células-tronco, um folículo piloso totalmente funcional e, após transplante, promover crescimento do cabelo (veja aqui e a foto ao lado do animal transplantado). Esta também pode ser outra alternativa para a tão sonhada cura da calvície. 

terça-feira, 30 de abril de 2013

Memória, inteligência e células-tronco




Esta semana um artigo publicado na revista Nature Biotechnology demonstrou que células-tronco embrionárias humanas injetadas no cérebro de camundongos levou ao aparecimento de neurônios e a recuperação da memória. Esta incrível descoberta foi fruto de um experimento que tinha como objetivo elucidar os mecanismos da doença de Alzheimer, mas abriu novas perspectivas na busca de uma terapia para esta doença.
Primeiramente, a equipe de pesquisadores do Waisman Center (EUA) realizou lesões no cérebro de camundongos na área onde estão presentes os neurônios associados à Alzhemier e à outros distúrbios neurológicos como epilepsia. Células-tronco embrionárias humanas foram previamente manipuladas para se tornarem células progenitoras neurais (células precursoras com potencial para originarem todos os diferentes tipos de células do cérebro). Estas células progenitoras foram então transplantadas diretamente na região lesionada do cérebro destes animais. Por fim, os animais foram analisados por testes funcionais e de memória. Os resultados demonstraram que os camundongos transplantados tiveram melhores resultados em testes de memória do que os não transplantados, sugerindo que sua função cerebral foi restaurada
Injeções de células-tronco embrionárias em camundongos podem resultar na formação de tumores, uma vez que estas células são capazes de se dividir muito rapidamente. Entenda mais no nosso site. Controlar estas células, assim como qualquer tipo de célula-tronco, é o primeiro passo para uma terapia. Uma das maneiras de controle é estimular as células-tronco para que se diferenciarem no tipo de célula que você quer, no caso deste trabalho, neurônios.  
Um dos autores argumenta que a chave para o sucesso deste estudo foi garantir que as células injetadas eram todas pré-diferenciadas (para neurônios), e não mais células-tronco embrionárias: "Muitos outros experimentos em que foram transplantadas células-tronco embrionárias resultaram na formação de uma massa de células ou tumores. Isso não aconteceu no nosso caso porque as células transplantadas foram pré-programadas, ou seja, já tinham um destino (neurônios) de modo que não foram capazes de gerar qualquer outra coisa (tumores). A formação de tumores tem sido resultado frequente de grupos sem conhecimento para realizar a manipulação prévia das células.” O autor ainda completa: “As células-tronco adultas também podem produzir alguns tipos de neurônios, e podem ter efeitos semelhantes aos que mostramos. É necessária somente a manipulação correta destas células”.
A chave do sucesso deste estudo foi, então, a manipulação das células-tronco antes do transplante. Uma lição para levarmos para casa. Se as células-tronco embrionárias tivessem sido transplantadas sem prévia manipulação iriam formar tumores e não levariam à nenhuma recuperação de memória. Sabemos que muitas empresas tiram proveito de publicações como esta para fazer propaganda de que células-tronco curam Alzheimer. Mas a verdade é que esta equipe de pesquisadores soube exatamente COMO manipular estas células-tronco afim de obter este resultado e não um resultado adverso. As conseqüências de injeções de células por profissionais sem conhecimento, sem realização de pesquisa prévia, podem ser desastrosas.
A qualidade da extração, a quantidade, a manipulação prévia e muitos outros fatores técnicos são fundamentais para garantir um transplante de sucesso. Recentemente foi matéria de um jornal americano (veja aqui) a necessidade de deixar na mão de profissionais especializados a manipulação de células-tronco. O autor da matéria pergunta: “Você faria uma cirurgia cardíaca com um dermatologista?”. Por isso é necessário estar nas mãos de profissionais de qualidade e pesquisadores. Não se deixe enganar! 

Entrevista dos autores retirada do wired.co.uk 

Quer saber mais sobre células-tronco e memória? Outro artigo muito interessante foi publicado recentemente na revista Cell Stem Cells (veja a reportagem aqui, o artigo aqui e comentários aqui). 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Órgãos sob encomenda


Nesta semana cientistas do Massachusetts General Hospital (MGH), em Boston, mostraram sucesso no transplante de rins criados em laboratório a partir de células-tronco. Após o transplante, estes órgãos começaram a filtrar o sangue dos roedores e produzir urina. Mas construir um órgão não foi uma tarefa fácil, os cientistas partiram de rins de animais, retiraram todas as células deste rim, restando somente seu arcabouço (veja aqui exemplo com fígado). Sobre este molde eles colocaram células-tronco mesenquimais de cordão umbilical mais células de rim. O trabalho está descrito em detalhes na edição atual da revista Nature Medicine.  Pela primeira vez demonstraram que é possível criar um rim funcional em laboratório. Mas esta técnica não é nova, já tinha sido utilizada com sucesso para fazer outros órgãos como pulmão e coração, e também fígado, por outro grupo da mesma instituição. 
Se este resultado for obtido com rins humanos irá ajudar muitos portadores de doenças renais que não podem sobreviver somente com hemodiálise. Estes dependem de um transplante que, além de ter uma fila de 100mil pessoas na espera, requer o uso de imunossupressores para sempre.
Mas construir um rim novo não será o mesmo que realizar um transplante de órgão doado? O procedimento cirúrgico é o mesmo, mas se o órgão transplantado for feito com células-tronco do próprio paciente não irá haver rejeição. Ou seja, se você guardou suas células-tronco mesenquimais, poderá utilizá-las, num futuro próximo, para este fim também. Esta técnica poderá acabar com as atuais intermináveis filas dos transplantes de órgãos em todo o mundo.
Órgãos formados a partir de células-tronco já foram transplantados em humanos com sucesso. A primeira criança a receber uma traquéia formada a partir de suas próprias células-tronco tem mostrado progressos notáveis ​​desde o transplante, realizado há dois anos. Ciaran Finn-Lynch, o menino 13 anos de idade, do Reino Unido, foi a primeira criança do mundo a receber um transplante de traqueia formada a partir de células-tronco dele mesmo. Ele está respirando normalmente e não precisa tomar imunossupressores, relatam os pesquisadores em um artigo publicado no revista Lancet. O órgão não tem mostrado sinais de rejeição e cresceu 11 centímetros desde que foi transplantado, de acordo com os pesquisadores.
O futuro do transplante de órgãos está mudando (veja aqui). As células-tronco mesenquimais vem mostrando grande potencial na bioengenharia de órgãos e por isso é tão importante guardá-las o quanto antes (veja documentário da National Geographic aqui). Estas técnicas não são simples e requerem expertise para serem aplicadas. Na hora de escolher onde guardar suas células mesenquimais é importante se informar se a equipe da empresa escolhida é capaz de multiplicar as células para obter grandes quantidades, e mais, se é capaz de realizar testes de qualidade para garantir a eficácia e segurança das mesmas. A equipe StemCorp está sempre antenada nos avanços relacionados à células-tronco mesenquimais e conta com um diretor cientifico fazendo pesquisa na Harvard Medical School, em Boston, que está em contato com a equipe responsável pela bioengenharia de fígados no MGH e aprendeu a técnica de recelularização utilizada para refazer os órgãos que discutimos acima. Além disso nossa equipe participa de um projeto com apoio do Ministério da Saúde para reproduzir esta tecnologia no Brasil (veja aqui). Por estar vinculada à pesquisa a StemCorp traz para você o que existe de mais novo em células-tronco mesenquimais no mundo.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Células-tronco com selo de qualidade?


Essa semana no New York Times uma matéria sobre transplante de células-tronco de tecido adiposo para combater rugas, chamado nos Estados Unidos de Stem-CellFace-Lifts, discute os resultados obtidos por uma paciente que fez o procedimento e a regulamentação da técnica.
from FreeDigitalPhotos.net
A maior critica feita é a falta de caracterização das células, ou seja, eles injetam células sem saber se são células-tronco ou não. Mas como saber? Acredita-se que todos os tecidos vascularizados tenham células-tronco mesenquimais além de outras células. O método de obtenção de células-tronco difere muito dependente do tecido, por exemplo tirar células-tronco mesenquimais do tecido do cordão umbilical é muito diferente de separar da gordura. Mas uma vez obtidas, as células-tronco mesenquimais devem ser submetidas à um processo de caracterização antes de serem utilizadas. Células-tronco mesenquimais apresentam um padrão específico de proteínas em sua superfície além de serem capazes de formar pelo menos 3 tipos de linhagens de células adultas diferentes. É o certificado de garantia destas células e deve ser obtido antes das células serem aplicadas. Este não é um processo trivial e é preciso ter conhecimento sobre células-tronco para fazê-lo. Por isso é importante estar nas mãos de um especialista (saiba mais aqui).
Muitas empresas já oferecem tratamentos com células-tronco, seja para fazer cabelo, lipoescultura, face-lift. É importante saber que não existe nenhum tratamento aprovado pela FDA (agencia americana) nem pela nossa ANVISA. Todos as possíveis aplicações estão em fase de teste clínico, muito próximas a serem regulamentadas. Porque estamos falando isso? Porque testes clínicos não podem ser cobrados. Se você vir em qualquer lugar um “tratamento” ou injeção de células-tronco ser cobrado peça para ver a regulamentação e pergunte pelo que está sendo cobrado. Mais importante, se for um teste clínico, veja a qualidade das células usadas e o que eles usam para crescer estas células. Pergunte sobre caracterização e potencial de diferenciação. Se você não souber julgar a qualidade procure a equipe StemCorp.
O mais importante é que a StemCorp tem uma equipe de especialistas em células-tronco mesenquimais trabalhando full time na separação das células dos seus clientes, e não somente dando consultoria. Esta é uma grande diferença do produto que estamos oferecendo e da qualidade das células-tronco que serão entregues no caso de uma futura aplicação.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Faça sua gordura ser útil!


Com o frio chegando começa a temporada de lipoaspiração, visando o verão 2014!! E o que mais queremos é nos livrar daquela gordurinha indesejada, jogar ela no lixo! Não, o lixo não!!! Uma vez na vida você vai poder ser feliz com a sua gordura, ela é a fonte mais rica em células-tronco mesenquimais. A gordura tem 500 vezes mais células-tronco por mililitro que a medula óssea. Estas células podem virar osso, músculo, cartilagem e mais gordura! Para que eu quero mais gordura? Você sabia que o grande problema de uma lipoescultura é a reabsorção do tecido transplantado? Entretanto, se colocarmos mais células-tronco na gordura a ser transplantada a reabsorção é menor! As células-tronco mantém a gordura transplantada sem ser reabsorvida e se diferenciam em novas células de gordura. E mais, existem diversas pesquisas clínicas utilizando células-tronco de tecido adiposo para diferentes fins. Por exemplo, para aliviar marcas de expressão do rosto e até para substituir o silicone em implantes de mama (veja aqui). Mas não são somente estéticas as aplicações, estas células tem potencial de serem aplicadas em doença de Crohn, queimaduras, diabetes, fraturas ósseas, e muitas outras doenças.
A grande duvida de nossos clientes é: porque eu preciso guardar minha gordura agora se posso retirar qualquer hora quando precisar? A resposta é simples, quanto mais jovem sua célula-tronco é, melhor ela será. Todas as células do seu corpo sofrem ação do ambiente e da idade. Acumulam erros no DNA que podem comprometer seu potencial. Por isso, quanto antes você guardar suas células, melhor! E no caso de uma complicação grave, como um problema cardíaco, nenhum médico irá liberar uma lipo para realizar o isolamento de células-tronco. Mas se suas células-tronco estiverem guardadas, poderão ajudar. Por fim, quem já fez uma lipo sabe que a recuperação não é nada agradável, e fazer de novo para retirar células-tronco não parece uma boa idéia.
A melhor forma de obter células-tronco mesenquimais de gordura é a lipoaspiração, porque é possível obter uma grande quantidade de tecido adiposo e assim guardar mais células-tronco. Mas se você não tem uma lipo programada, não tem problema! A equipe StemCorp foi a primeira a realizar estudos científicos com células-tronco do tecido adiposo no Brasil e possui toda expertise para obter estas células até de quantidades mínimas de gordura. Estes podem ser retirados via punch pelo seu dermatologista/plastico ou durante qualquer procedimento cirúrgico. Se você tem uma cirurgia agendada, converse sobre esta possibilidade com nossa equipe e com seu médico. E lembre-se, se você estiver interessado em guardar suas células-tronco de gordura é melhor que o faça o quanto antes para guardar células mais jovens e de melhor qualidade. 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Levando a pesquisa para o mercado.




Hoje você pode guardar células-tronco mesenquimais da sua lipoaspiração para usar quando aquelas ruguinhas aparecerem. Seu filho vai poder contar com suas células-tronco mesenquimais do cordão umbilical para curar lesões ou até regenerar tecidos ou órgãos. Isso tudo porque o sonho de 3 doutorandos em genética deu certo! A StemCorp é fruto de anos de pesquisa realizados na Universidade de São Paulo, e temos orgulho de ser o primeiro centro exclusivo em células-tronco mesenquimais no Brasil fundado por pesquisadores.


Não foi um caminho rápido e muito menos indolor. Tirar a tecnologia criada na universidade e levar para o mercado não foi uma tarefa fácil. Já existiam os bancos de sangue de cordão no mercado! Mas as pessoas precisavam entender que existem diferentes tipos de células-tronco e que elas não tem a mesma capacidade. Por exemplo, as células-tronco que são congeladas pelos bancos de sangue de cordão servem para terapia de doenças hematológicas (do sangue). Até ai nenhuma novidade, sangue virando sangue. A grande novidade são as células-tronco mesenquimais, estas com potencial de diferenciar em osso, cartilagem gordura e até músculo. Quando nosso trabalho comparando sangue e tecido de cordão foi publicado internacionalmente (veja aqui), virou foco de reportagem em diferentes mídias. Tentávamos alertar: vocês estão jogando no lixo o tecido do cordão umbilical que é rico em células-tronco mesenquimais e guardando o sangue que é pobre neste tipo de célula. E esse discurso foi contra a propaganda usada pelos bancos de sangue de cordão...  
Foi criada, portando, a necessidade de um centro especializado em células-tronco mesenquimais, e assim as pessoas teriam a possibilidade de armazenar essas células para uso futuro. Lutamos para disponibilizar isso para a sociedade, e hoje temos um centro capaz de isolar, guardar e multiplicar  essas células em condições ideais para uma futura aplicação terapêutica. Mas não paramos de pesquisar, nossos diretores científicos continuam fazendo pesquisa, dois na USP e um em Harvard, além de nossa consultora, Mayana Zatz, ser professora titular da USP.
Nossa prioridade é ter uma empresa que continue associada à pesquisa científica. Queremos oferecer produtos com tecnologia de ponta e sermos transparentes quanto suas possíveis aplicações. A pesquisa cientifica é baseada em perguntas que podem levar  a resultados positivos ou negativos e queremos mostrar estes resultados para nossos clientes.
E este é também o intuito deste blog. Discutir as pesquisas em uma linguagem simples para que todos possam estar por dento das novidades do meio acadêmico e assim como nós, aprender mais e mais todos os dias!
A StemCorp chegou para inovar o mercado de células-tronco, para colocar a pesquisa mais perto da sociedade, para gerar duvidas e responder perguntas! 

segunda-feira, 18 de março de 2013

Linha do tempo – Células-tronco





Desde o século 19, os cientistas de todo o mundo têm estudado células-tronco, seja a partir de plantas, de camundongos, ou de células de pacientes em busca de cura para doenças. Nosso primeiro post destaca os principais acontecimentos no Brasil e no mundo relacionados à células-tronco. Se quiser entender mais sobre células-tronco e suas origens antes de ler este post, entre no nosso site

1868 – O termo "células-tronco" aparece na literatura científica pela primeira vez, quando biólogo alemão Ernst Haeckel usa a expressão para descrever o óvulo fertilizado que se torna um organismo, usa também para descrever o organismo unicelular que serviu como a célula ancestral para todos os seres vivos.



1886 - William Sedgwick usa o termo "células-tronco" para descrever as partes de uma planta que podem crescer e se regenerar.


1 de junho de 1909 - o pesquisador russo Alexander Maximow leciona na Sociedade de Hematologia de Berlim sua teoria de que todas as células sanguíneas provém da mesma célula ancestral. Com isso introduz a idéia de células-tronco hematopoiéticas como multipotentes, ou seja, têm a capacidade de se diferenciar em vários tipos de células diferentes.Leia mais

1953 - Leroy Stevens, um pesquisador do estado de Maine (EUA) encontra grandes tumores em testículos de camundongos. Estes tumores, conhecidos como teratomas, são formados por uma misturas de células diferenciadas e não diferenciadas, incluindo cabelo, osso, pele e tecido sanguíneo. Os pesquisadores clamaram estas células cancerígenas de pluripotentes, o que significa que podem se diferenciar em qualquer célula encontrada em um animal.


1957 - Thomas E. Donnall, um médico-cientista, da cidade de Seattle (EUA), tenta o primeiro transplante de medula óssea humana. (Mais tarde, ele ganha o Prêmio Nobel por este trabalho em 1990). Leia mais


02 de fevereiro de 1963 -  Os cientistas canadenses Ernest McCulloch e James Till realizam experimentos para entender a medula óssea de camundongos. Eles observaram que diferentes células sanguíneas vêm de uma classe especial de células da medula óssea. Esta foi então a primeira evidência de células-tronco do sangue (hematopoiéticas).


1968 - Robert A. Good, da Universidade de Minnesota (EUA) realiza o primeiro transplante de medula óssea bem-sucedido no mundo. Este foi realizado em uma criança com uma deficiência imunológica que já havia matado outros membros de sua família. O menino recebeu medula óssea de sua irmã e teve uma vida saudável.


1981 - Dois cientistas, Martin Evans, da Universidade de Cambridge (UK) e Gail Martin, da Universidade da Califórnia, em San Francisco (EUA), realizam estudos paralelos e obtém células-tronco pluripotentes a partir de embriões de camundongos. Estas são as primeiras células-tronco embrionárias a serem isoladas.


05 dezembro de 1986 - Andrew Lassar e Harold Weintraub de Seattle, Washington (USA), convertem fibroblastos de roedores (célula de tecido conjuntivo) diretamente em mioblastos (que geram células musculares), utilizando-se um único gene (MyoD). Ser capaz de converter um tipo de célula adulta em outro pode ser importante para a medicina regenerativa.


1988 - na França foi realizado com sucesso o primeiro transplante de células-tronco hematopoiéticas de cordão umbilical em um paciente com Anemia de Fanconi


1989 – Os pesquisadores Mario Capecchi, Martin Evans e Oliver Smithies descrevem independentemente os primeiros "camundongos knockout", estes são animais criados em laboratório em que um gene foi retirado de seu genoma. Para isso utilizam células-tronco embrionárias e o processo de recombinação homóloga. Desde a criação dos primeiros camundongos knockout foram criados mais de 500 modelos de para diferentes tipos doenças humana. Em 2007, estes cientistas receberam o prêmio Nobel pelo sua inestimável contribuição na compreensão de diversas doenças humanas, incluindo diabetes e câncer.Leia mais


1991 – Arnold Caplan introduz o termo células-tronco mesenquimais. Seriam células-tronco da medula óssea sem origem hematopoiética. Veja aqui uma entrevista com Caplan

1997 - Bonnet Dominique e John Dick do Canadá descobrem que a leucemia é causada pelas mesmas células-tronco que produzem as células do nosso sangue. Leia mais


6 de novembro de 1998 - Uma equipe da Universidade de Wisconsin, Madison (EUA), liderados por James Thomson e Jeffrey Jones, deriva a primeira linhagem de células-tronco embrionárias humanas, a partir embriões. Depois de demonstrar que as células eram pluripotentes, a equipe mostra o potencial que estas células têm no teste de drogas e na terapia celular. Leia mais 


Abril 2001 – Grupo da Califórnia separa pela primeira vez células-tronco mesenquimais de tecido adiposo. Leia aqui


9 de agosto de 2001 - O presidente George W. Bush autoriza o uso de fundos federais para a pesquisa utilizando um número limitado de linhagens de células-tronco embrionárias humanas já existentes.


2002 – Fundada a International Society for Stem Cell Research (ISSCR)

05 de abril de 2002 - Uma equipe do Whitehead Institute (MIT e Harvard – EUA), relata o uso combinado de terapia celular e gênica para tratar um modelo de camundongo com deficiência imunológica. Leia mais

Dezembro de 2004 -  Encontradas células-tronco mesenquimais no tecido do cordão umbilical.


19 de maio de 2005 – Grupo de cientistas sul-coreanos liderados por Woo-Suk Hwang anunciam o uso de clonagem terapêutica para criar 11 linhagens de células-tronco embrionárias. Seu paper é recebido com entusiasmo por toda comunidade científica, uma vez que pacientes poderiam receberam suas próprias células-tronco sem chance de rejeitar o transplantes, um problema recorrente em casos de transplante de órgão. No entanto, a revista Science posteriores publica uma retratação do paper de Hwang, revelando que os cientistas coreanos falsificaram seus resultados. Um choque para a comunidade cientifica. Leia mais


29 de maio de 2008 - O Superior Tribunal Federal aprovou as pesquisas com células-tronco  embrionários no Brasil, sendo o primeiro país da América Latina e o 26º no mundo a permitir esse tipo de pesquisa e colocando-o no rol de países como como Finlândia, Grécia, Suíça, Holanda Japão, Austrália, Canadá, Coréia do Sul, Estados Unidos, Reino Unido e Israel. O artigo 5º da Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005) liberou no país a pesquisa com células-tronco de embriões obtidos por fertilização in vitro e congelados há mais de três anos. Atualmente, esses embriões são descartados após quatro anos de congelamento, mas os pais devem autorizar expressamente seu uso para efeito de pesquisa. Quando a lei foi aprovada, considerou-se um avanço - ao menos perto do que se tinha para a pesquisa com células-tronco no país pois a Lei de Biossegurança de 1995 proibia pesquisas com embriões, e os pesquisadores se viam obrigados a importar exemplares para realizar estudos básicos com células-tronco embrionárias.

25 de agosto de 2006 – Os pesquisadores japoneses Shinya Yamanaka e Kazutoshi Takahashi anunciam a criação de células pluripotentes induzidas (células iPS) de camundongos. As células iPS são células adultas reprogramadas para funcionarem como células-tronco embrionárias, o que as torna um recurso valioso para compreensão de doenças humanas, teste de drogas e possivelmente para terapi celular. Estes ganham o prêmio Nobel em 2012 por seu trabalho.


Novembro / Dezembro de 2007 - Três equipes independentes no Japão, Wisconsin e Boston, liderado por Shinya Yamanaka, James Thomson  e George Daley, respectivamente, anunciam a criação de células iPS humanas. Geneticamente compatíveis com o doador, células iPS não seriam, teoricamente, rejeitadas pelo sistema imune, uma vantagem importante em transplantes.


Janeiro de 2008 –  Equipe StemCorp publica trabalho internacional alertando que o tecido do cordão é mais rico em células-tronco mesenquimais que o sangue do cordão. Leia aqui

Abril 2008 – Primeira publicação internacional de um grupo de pesquisa brasileiro com células-tronco mesenquimais de tecido adiposo. Mais uma vez pela equipe StemCorp. Leia aqui


Maio de 2008 - O STF julgou a ação de inconstitucionalidade depositada em 2005 pelo então procurador da República Claudio Fonteles contra o artigo da Lei de Biossegurança. Em sua ação, Fontele argumenta que o artigo 5º da Constituição Federal garante o direito "à inviolabilidade da vida humana" e que os embriões são seres vivos. Alguns dos ministros do STF chegaram a propor restrições que inviabilizavam as pesquisas, mas acabaram sendo derrotados. Seis dos 11 ministros do STF consideraram constitucional o artigo da Lei de Biossegurança que permite as pesquisas com células-tronco embrionárias, colocando um ponto final da discussão. 


6 de agosto de 2008 – Children’s Hospital Boston (EUA) anuncia a criação de 10 linhagens de células iPS de pacientes portadores de diferentes doenças genéticas. Visando fornecer aos cientistas modelos celulares de doenças como a síndrome de Down e distrofia muscular, e assim ajudá-los a encontrar novas formas para entender, prevenir e tratar essas doenças. Este trabalho foi reconhecido no final de 2008 pela revista Science como revelação do ano


27 de agosto de 2008 - Uma equipe de cientistas de Harvard (EUA) anuncia a transformação direta de uma célula pancreática em uma célula produtoras de insulina. Semelhante ao trabalho pioneiro de Andrew Lassar e Weintraub Harold em 1986, esta experiência mostra que é possível reprogramar um tipo de célula adulta em outro tipo de célula adulta, pulando o passo intermediário de criar células iPS. Leia mais  

23 de janeiro de 2009 - A Geron Corporation anuncia aprovação no FDA (EUA) de um teste clinico fase I para estudo de um novo tratamento de lesões da medula espinhal. Esta foi a primeira aprovação do FDA de um ensaio clínico para uma terapia baseada em células-tronco embrionárias.


1 março de 2009 – Equipe de cientistas em Toronto demonstra que é possível a criação de células  iPS de forma mais segura que os métodos anteriormente utilizados. Estes foram capazes de remover os genes necessários para reprogramação uma célula adulta em iPS após a célula estar reprogramada. O que diminui o risco de tumores se utilizadas para terapia celular.


As células-tronco são uma promessa para a medicina. Desde teste de novas drogas até a substituição de tecidos. Clinical trials estão em curso em todo mundo e a aplicação está mais que comprovada para muitas doenças. Veja nosso site para a lista completa de aplicações que estão a caminho.