sexta-feira, 29 de setembro de 2017

É possível criar osso em laboratório?


Uma equipe das Universidade de Glasgow criou pela primeira vez tecido ósseo em laboratório. A equipe criou um dispositivo que envia nano vibrações e o usou células-tronco mesenquimais em um gel de colágeno.

Os autores do artigo, publicado na revista Nature Biomedical Engineering, descobriram que pequenas vibrações, na frequência de 1000 hertz, fazem as células-tronco se transformarem  especificamente em osso. Com essa técnica a equipe conseguiu formar uma estrutura mineralizada até em moldes 3D impressos.

Este osso formado em laboratório não é tão duro quanto o osso encontrado no nosso corpo. Mas esse problema é resolvido uma vez que o molde é transplantado no corpo. O grupo começou a tratar cães que teriam as pernas amputadas por trauma. Eles viram que após o transplante, o osso de laboratório se fundiu com o osso do animal e se tornou idêntico ao osso original. Mostrando que nosso corpo vai servir como o biorreator final, crescendo as células e finalizando o processo de mineralização!

A ideia agora é usar esse gel de colágeno em fraturas ósseas, por ser mais maleável; e os moldes quando é necessário um grande enxerto. Os autores dizem que poderá ser usado também em osteoporose!  Melhor, como eles usam o gel de colágeno, não é necessário um doador, o que acaba com problemas de rejeição.




quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Dieta aumenta o numero de células-tronco em camundongos



Um estudo realizado por oito pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e publicado na Cell Reports concluiu que restringir o consumo de calorias na dieta de camundongos preserva a saúde da pele desses animais ao aumentar sua quantidade de células-tronco. Além disso, a restrição induz o desenvolvimento de um pelo específico, chamado "guard", que diminui perdas de calor com o meio externo e ajuda a regular a temperatura do corpo.

 A pesquisa comparou camundongos submetidos à restrição calórica e de peso saudável a outros com obesidade leve. Os resultados apontaram que os animais que seguiram uma dieta mais enxuta em calorias sofreram expansão de 20% a 80% no número de suas células-tronco da pele e do pelo.

O artigo sugere também que o "guard", grosso e mais longo que outros pelos, é uma adaptação a um cenário em que a absorção de energia é mais limitada. Ele serve como um bom isolante térmico e ocorre cerca de duas vezes mais (de 6% a 8% do total dos pelos) nos camundongos que seguiram a dieta se comparado aos camundongos obesos.

O achado é particularmente importante porque não só nos ajuda a entender como o corpo responde à restrição de calorias, mas também porque indica possíveis linhas de pesquisas para minimizar processos de envelhecimento da pele.